quarta-feira, 21 de julho de 2010

20/07/2010 – Sapé é um arco-íris













Dionízio do Apodi

Hoje lembrei de Caxias (cidade do Maranhão) como se lembra da namorada quando estamos longe. Eu explico: Caxias foi uma cidade que nos recebeu com banda de música, e é terra do poeta Gonçalves Dias. Agora estamos em Sapé (na Paraíba), terra do poeta Augusto dos Anjos, e que também nos recebeu com banda de música. Quando digo isso não estou fazendo metáfora. Estou dizendo realmente, que fomos recebidos com banda de música.
Que bom ser bem recebido. Fizemos muitos amigos durante este projeto, e aqui, no primeiro dia, já percebemos que estamos em casa. O povo de Sapé é muito simpático. O tempo inteiro busca saber se estamos precisando de algo, dá bom dia, boa tarde, boa noite, sorriso sempre aberto. Ah, meu Deus! Lembrei agora da minha terra Apodi, também. Lá é desse jeito. A diferença é que lá o calor é insuportável, e aqui faz frio.
Depois que a Banda Filarmônica Santa Cecília tocou, abrindo o nosso projeto aqui, foi a vez de Zelito Coringa subir ao palco e fazer a sua apresentação. Foi bastante aplaudido, principalmente na hora em que recitou Os Animais têm razão, de nosso poeta maior de Mossoró, Antônio Francisco. Outra pessoa que é bastante procurada por aqui é Genildo Costa, companheiro nosso que é de Grossos, mas mora em Mossoró. É que onde estamos, seja lá onde for, antes da programação começar, colocamos o seu cd Cores e Caminhos. Impressionante o número de pessoas que nos procuram querendo comprar o cd de Genildo. Nossa arte potiguar é forte, e nossa caminhada prova isso.
Depois de Zelito começamos O Inspetor Geraldo. Sobre o espetáculo só quero dizer que foi bom, porque o mais importante foi a multidão presente na Praça João Pessoa, atenta ao espetáculo. A repercussão sobre o projeto foi de imediato, com o público procurando os atores, Zelito, e até Antônio Francisco e Genildo Costa.
Conheci um camarada, não lembro o nome dele, que faz estampas em camisa, e agora voltou para Sapé depois de ter vivido muitos anos fora. Pessoa muito simpática, jovem de mais de cinquenta anos, e que passa boa energia, bons pensamentos, generosidade. Não posso deixar de falar no Josas e sua equipe que nos recebem maravilhosamente.
Ah, o hotel onde estamos é muito bonito. Diferente de tudo por onde já passamos. É simples, não tem luxo, mas é um aconchego. O nome é Vila Arco-Íris, com um monte de casinhas construídas, que são onde os hóspedes ficam. Gostei de Sapé. Me fez esquecer que estou desde o dia 30 de junho longe de Mossoró.

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