Alex Peteka
Segundo dia em Camaçari. O tempo estava bem aberto nos dando esperança de uma boa apresentação. Começamos a montar a estrutura bem mais cedo, pois o desejo de Dionízio era termos tempo para fazer aquecimento, alongamento e ter uma concentração maior para o espetáculo. A chuva, por um momento, chegou a nos atrapalhar, mas assim que passou, voltamos para nossas atividades.
Foram solicitadas algumas cadeiras, achava que não iria aparecer muita gente, pois o tempo ainda apontava chuva. O grupo todo estava meio cansado. Rosi quase não tem voz, Antônio Marcos idem, Ludmila com a voz cansada e Dionízio falava que a voz dele estava ficando estranha. Mas eu vim perceber mesmo durante o espetáculo.
Muita gente para assistir A Peleja. Acho que tivemos o dobro de ontem. Durante o espetáculo a chuva quis aparecer, mas logo passou.
Falando um pouco do espetáculo, não gostei muito da apresentação. Muitos erros foram cometidos nos instrumentos, o som não estava muito legal, proporcionando um mau entendimento do espetáculo. Hoje foi um dia em que pensávamos que iríamos ter tempo para montar tudo tranquilamente e fazer uma apresentação diferente das nossas últimas: sem aperreio. Zelito, mais uma vez, não teve condições de fazer o seu show antes do espetáculo, a plateia hoje estava cobrando a pontualidade do grupo, pois foi marcado às sete horas. Infelizmente, a gente dependia do tempo para terminar tudo mais cedo e ele não foi camarada conosco.
O público de Camaçari é muito vibrante. Mesmo com o atraso, eles estavam lá, dispostos a assistir ao espetáculo. Quando os atores entraram em cena e que o público viu, começou um grande aplauso, e muitos murmurinhos. Eu escutei: - Ai, que coisa linda! Eles estavam abismados com tudo aquilo que viam.
Fizemos muitas amizades em Camaçari. A cidade é muito acolhedora, fria, bonita e acima de tudo, nos deixou fazer as duas apresentações, mesmo à trancos e barrancos.
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