terça-feira, 20 de julho de 2010
17/07/2010 - Tempo?
Maxson Ariton
O dia hoje começou, e nem vi, tão grande era o sono e o cansaço desses últimos dias. Partimos direto para João Pessoa: duas horas e meia de viagem, duas horas e meia de sono interrompido apenas pelo calor do carro, quando paramos por cinquenta minutos em engarrafamento no meio do caminho, por conta de um acidente entre duas carretas.
Quando chegamos na cidade fomos direto para o almoço. Almoçamos à beira mar, um cardápio muito bom. Parece que a produção local fez o dever de casa. Em seguida partimos direto para o hotel, que equivale ao almoço, também. Um hotel muito bom, de boa qualidade. Realmente a produção local fez direitinho o seu dever de casa.
Chegamos na praça onde seria A Peleja bem cedo, para dar tempo montar todo o material. São Pedro parecia que iria ajudar. Já o horário não! O espetáculo estava marcado para às 19h, e o tempo para a montagem de toda a estrutura de som, luz e palco d´A Peleja já estava bem adiantado. Então decidimos apresentar O Inspetor ao invés d´A Peleja, já que O Inspetor tem um tempo de montagem menor.
Decidido que iria ser O Inspetor o espetáculo da noite, começamos a montar a estrutura, e em poucos momentos tudo estava montado. Então partimos para a passagem de som, passamos e já fomos pro hotel nos preparar. Geralmente temos duas horas de preparação. Como o espetáculo estava marcado para às 19h, e não às 20h como de costume, tínhamos menos uma hora de preparação. O hotel fica um pouco distante do local da apresentação . Meia hora da praça para o hotel, e mais meia hora do hotel pra praça, ou seja, chegamos em cima da hora, e poucas pessoas estavam esperando o inicio do espetáculo.
Zelito abriu a noite com suas músicas e poesias de Antônio Francisco. As pessoas começaram a se aproximar, e quando dei por vista o anfiteatro estava tomado por completo. Quando Zelito encerrou, partimos para o espaço e arrumamos o material cênico.
O espetáculo começou e meu corpo não percebeu. Eu estava pregado ao chão, estava frio, sem vibração, e não conseguia de forma alguma vencer esse não-aquecimento. Percebi que não era o único com esse problema. Parecia-me que todos estavam muito relaxados, no mau sentido, para a cena. Isso decorreu até o fim do espetáculo deixando-me insatisfeito com o resultado que obtivemos nessa noite. Não gostei do espetáculo, achei muito fraco para o tempo de trabalho e estudos que temos. Acho que já fizemos espetáculos bem superiores.
Fechamos a noite arrumando o material e lanchando na mesma praça onde ocorreu o espetáculo. Sentados todos na mesa, cada qual com seu assunto: mulheres, futebol, dinheiro, saudades, futuro, teatro, e pensamentos soltos.
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