sexta-feira, 2 de julho de 2010
01/07/2010 – O telefone toca na madrugada...
Alex Peteka
O dia hoje não foi muito bom pra mim! Depois de vinte horas de viagem, várias paradas na estrada para concertar uma das vans que estava quebrada, chegamos a Salvador, para iniciarmos a segunda etapa do projeto Rodovia Nordeste de Teatro. Por volta de uma e meia da madrugada é que fomos dormir. Eram três e meia da madrugada quando meu telefone toca. Eu estava muito cansado e com os olhos quase fechados quando vejo o nome: Sede do tarará! O alarme da nossa sede tinha disparado. Ligo atordoado para minha esposa pra que ela resolvesse esse problema. Volto a dormir e quando dá seis e meia o telefone toca novamente. Desta vez era Bobô, minha tia, dando-me a triste notícia do falecimento da minha avó. As palavras trouxeram-me um filme de boas lembranças daquela que ao me ver, enchia-me de beijos e afagos. Ela gostava de me dá confeito de mel! Deito na cama e fico remoendo boas lembranças e de repente uma cortina de lágrimas cobre meus olhos... oito horas. Precisamos ir pra praia fazer o alongamento. A gente começa a correr quando a chuva nos presenteia com um banho! Fizemos toda a preparação corporal e alongamento debaixo de chuva.
Fomos almoçar e logo em seguida fomos até o local das apresentações. A praça onde vamos fazer A Peleja e O Inspetor é bem ampla, mas já o local dos cachorros é bem complicado. Depois de conhecidos os locais, voltamos para o hotel onde demos uma boa descansada. Às cinco e meia voltamos para o local da apresentação d´O Pulo do Gato. Montamos os poucos refletores e fomos para o camarim fazer o alongamento. Às sete e quarenta fomos para a pequena sala da apresentação.
O espaço foi muito adaptado e por isso marcações foram mudadas. Não tivemos um grande público. A única coisa que tivemos em grande quantidade foi a cera preta que o menino colocou para encerar o chão. No espetáculo os corpos dos atores estavam pretos. O sapato de um dos atores estava coberto de cera. E do lado eu percebia o diretor da gente rindo da situação. Não gostei muito do espetáculo, pois achei que a gente não explorou o novo espaço que nos foi dado. Mas a plateia curtiu muito.
Em seguida fizemos um debate, onde muitas coisas foram perguntadas com relação ao nosso trabalho de ator. Concluímos o dia no meu quarto, fazendo uma avaliação do trabalho de hoje. Depois de concluída, ligo para minha esposa para saber como está minha família... Infelizmente tenho de seguir a caminhada. Prefiro ter na memória a imagem de minha avó dando-me confeitos de mel, e não a imagem de uma pedra de gelo dentro de um caixão.
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