quinta-feira, 15 de julho de 2010

14/07/2010 – O público salvou






Dionízio do Apodi

E assim chegamos ao final de nossa passagem por Recife, onde apresentamos o nosso repertório de três espetáculos. Hoje mantivemos a média de público de vinte pessoas. No entanto foi o público ideal para assistir ao espetáculo O Pulo do Gato, concebido para a sala, com poucas pessoas. Fizemos em cima do palco do Teatro Barreto Júnior, inclusive com o público também lá.
A novidade de hoje foi a luz, que tivemos um pouquinho de tempo para deixá-la mais a favor do ator. Ela vai crescer mais. Vejo a luz d´O Pulo do Gato muito simples, branca, com mudanças de intensidade apenas. É isso que vejo, e é isso que acredito que casa com a proposta do espetáculo. Mas temos muitas possibilidades para brincar com estas intensidades, basta usar a imaginação.
Quanto ao espetáculo, não gostei muito dos tempos que os atores perderam em vários momentos. Este espetáculo não tem o verbo, e por isso a riqueza de detalhes deve ser ainda mais explorada em nosso trabalho, o que não acontece devido aos equívocos quanto ao tempo. Também não gostei dos sons iniciais extraídos do ator, porque foram muito baixos, e cobertos pelo som do ar-condicionado. E ainda coloco como ponto negativo uma pequena falha na preparação física de alguns atores. Sei que alguns estão doentes, mas este espetáculo exige um corpo pronto o tempo inteiro. E acho que não é questão de doença, mas de ator fora de forma mesmo, o que deixa os movimentos previsíveis em vários momentos. Cachorro e gato precisam ter agilidade, e assim já fizeram, e é por isso que vamos correr atrás.
Mas a parte positiva foi o público, que estava aberto ao espetáculo, e curtiu bastante. Depois da apresentação ainda abrimos para um debate, uma conversa sobre os nossos processos, e foi muito participativo. Mesmo com um público pequeno nas apresentações destes três dias, sempre é muito bom voltar a Recife, e principalmente rever Willians Santana, grande parceiro.
Agora é esperar por Igarassu, já amanhã, para ver o que vai acontecer.

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