domingo, 4 de abril de 2010

03/04/2010 O inspetor Geraldo está engrenando






Dionízio do Apodi

Acordamos muito cedo hoje em Fortaleza, para sairmos às 6h da manhã com destino a Piripiri, no Piauí. Chegamos no início da tarde, depois de sete horas de viagem. E o nosso projeto é direto. Então almoçamos, fomos deixar as bagagens no hotel, e já retornamos para o local da apresentação, para prepararmos tudo para a noite. Hoje, O Inspetor Geraldo foi marcado para às 20h, e pontualmente começamos.
Mas até a hora do espetáculo, vale registrar o carinho e simpatia de Ribamar, Gerente da Cultura do município de Piripiri, que nos recebeu com o projeto Rodovia Nordeste de Teatro.
Quando montávamos a estrutura, começou a neblinar, e rapidamente recorremos às lonas, sacos e capas que foram compradas para enfrentarmos chuva. Mesmo a neblina passando, ficamos apreensivos em relação ao que viria. O tempo estava bom para chover, mas a chuva não veio, e pudemos abrir e fechar a noite com Zelito Coringa cantando, e logo após O Inspetor Geraldo.
O Inspetor Geraldo é nosso saco de pancadas. Sempre que a coisa pesa, que precisamos aposentar algum espetáculo, pela quantidade de coisas que o grupo tem para fazer, é este espetáculo que primeiro vem à nossa pauta. Mas é impressionante como ele resiste e resiste bem. Ao assistir o espetáculo de hoje, fiquei pensando como é bonito os figurinos que João Marcelino fez para o espetáculo. Agora, tudo está casando. Não gostava da composição de Antônio Marcos e Madson, mas como eles agora, ao meu pedido, modificaram as maquiagens ridículas que faziam, as coisas agora passaram a casar. Às vezes é um detalhe que põe o conjunto a perder. O figurino sempre esteve lá, mas quem deixava a composição feia era a maquiagem.
João Marcelino também elaborou, conosco, esta maquiagem que usamos n´O Inspetor, mas alguns detalhes ficaram para os atores experimentarem, como foram o caso dos bigodes. E era isto que estava atrapalhando. Em Madson e Antônio Marcos agora tudo começa a se acomodar. O figurino com a luz é outra coisa. Ele é melhor valorizado, e ainda não tivemos tempo de traçar uma luz que possa colaborar mais com este espetáculo. Por enquanto está só o branco, mas já faz um efeito enorme. Branco quero só na luz dos cachorros.
Não tivemos um grande público, mas foi bem melhor que Fortaleza, onde tivemos uma dificuldade enorme de apresentar devido a uma série de fatores que já mencionei no diário anterior. Aqui é tudo mais tranqüilo. E as pessoas querem assistir. Para este domingo, n´A Peleja, espero um grande público, não só pelo boca-boca, mas pela agenda da cidade, que neste sábado teve festa de forró, e o encerramento da Semana Santa, com procissão, etc.
Ah, quero dizer que Piripiri é uma cidade muito agradável, cheia de pontos turísticos, e que está em contagem regressiva para os seus cem anos, que acontecem agora em 2010. Tudo parece ser bem cuidado, a começar pela Praça de Eventos, local onde estamos fazendo nossas apresentações. Este local é uma antiga estação ferroviária, transformada num amplo espaço cultural, semelhante ao que temos em Mossoró, com a Estação das Artes Eliseu Ventania.
Então é isso. Agora é repousar que o cansaço é grande, e ainda estou ´curtindo´ as pancadas que Cássio me deu, jogando futebol na Praia de Iracema, sexta-feira, em Fortaleza.

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