quarta-feira, 14 de abril de 2010

12/04/2010 – Vai melhorar










Dionízio do Apodi

Ontem não apresentamos O Pulo do Gato, no auditório da Praça Maria Aragão em São Luis, por falta de público. A chuva caiu o dia inteiro, e não deu pausa. Como O Pulo do Gato é um espetáculo que é apresentado em sala fechada para um público limitado, ainda tivemos esperança de aparecer alguém, mas não deu. Fizemos uma passagem do espetáculo, para nós mesmos, com o objetivo de não perdermos o que conseguimos nos últimos dias, sem contar que eu queria gravar o espetáculo na íntegra, para avaliar depois. Foi bem divertido, e serviu para eu esquecer que o São Paulo perdeu de 3 a 2 para o Santos. Foi divertido principalmente por parte da platéia, que era só o grupo (eu, Ludmila, Deassis e Joelson – os dois motoristas, Rosi, Cássio e Wellington, e mais Zelito).
Hoje, o sol apareceu, e ficamos animados para o espetáculo da noite (O Inspetor Geraldo). Eu queria apresentar de frente para as escadarias da praça, que fica com um fundo muito bonito, com uma igreja (local utilizado para gravação de cenas de novelas da Globo, até). Mas não deu. Tivemos medo, porque durante toda a tarde, mesmo com sol, ficava caindo pingos muito finos, o que dificultaria o nosso trabalho de montagem e de apresentação também, caso caísse uma chuva, de vez.
Armamos tudo em cima do palco da praça, local aberto e amplo também, coberto, mas que não gosto devido obrigar as pessoas a subirem uma escada para chegarem ao local. Acho que para o público comum, quanto menos barreiras melhor. Ou seja, a real democracia acontece quando não existem barreiras. Gosto das escadarias porque é c aminho do povo. O povo passa e para. Mas apresentar em cima do palco da praça é a forma de nos protegermos da chuva, porque o palco é coberto.
Dois canais de televisão foram fazer matérias (O Canal Brasil e a TV Difusora, que é afiliada do SBT). Começamos tarde, atrasamos em quase 40 minutos, esperando alguém mais chegar, mas não deu muita gente. Acredito que umas 20 ou 30 pessoas estiveram para nos assistir. Presentes estavam César Boais (companheiro que está dando uma força enorme ao grupo – foi ele que arrumou as entrevistas, espaços para apresentações, etc), algumas pessoas de teatro, do grupo de Marcelo Flecha (que está em São Paulo dirigindo uma ópera), bem como a própria esposa dele. Fiquei feliz em saber que havia uma pessoa de Caxias na platéia, que assistiu a gente lá na sua cidade, e que hoje estava aqui. Que bom! Caxias foi marcante!
Mesmo não tendo um grande público, em quantidade de pessoas, pedi para os atores fazerem o espetáculo com todo o empenho. E assim, foi. Não foi uma grande apresentação porque teatro é o encontro do ator com a platéia, e para isso é necessária a comunhão entre os dois. O fato de um pequeno público está presente acaba intimidando a própria plateia. Mas foi uma boa experiência. Enriquece também. E amanhã acredito que aumentaremos o número de pessoas devido as matérias das tvs que estiveram aqui, e entrevistas que iremos conceder amanhã. Então, agora é esperar para termos bons públicos nas duas apresentações d´A Peleja do Amor na terça e na quarta.
Ah, o custo de vida aqui em São Luis é muito elevado. São muito caras as coisas na cidade. Não sabia que era assim. Deassis, um de nossos motoristas, precisou consertar a sua van, hoje, e teve que fazer algumas viagens de moto-táxi, entre a oficina e o centro. Gastou mais de R$ 70,00. Um copo de suco, em média, custa R$ 3,00. Uma Coca-Cola de 600, R$ 4,00. Acabo não entendendo o porquê das coisas serem tão caras aqui. Com os R$ 70,00 que Deassis gastou de moto-táxi ele faria um trajeto igual, no Rio de Janeiro, de táxi, e pagaria bem menos. Um lanche, que em Mossoró custa R$ 8,00 por pessoa, aqui chega a R$ 21,00.
Mas a cidade, principalmente a parte antiga é muito bonita. Da praça onde apresentamos podemos avistar um rio, uma ponte bem grande, que possui uma iluminação que muda de cor durante a noite, umas escadarias que dão para uma igreja muito bonita, e o próprio espaço, que é enorme e bem cuidado. Foi aqui onde há dias atrás Alcione gravou o DVD dela, com mais de sessenta mil pessoas. Os camarins ficam embaixo do palco e são muito confortáveis. É isso! Torço para que melhore o público amanhã.

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